O Guinness Book nasceu de uma discussão a que poucos dariam importância. Em 1951, Sir Hugh Beaver, diretor da tradicional cervejaria Guinness, participava de uma caçada na Irlanda, quando surgiu um impasse: seria a tarambola (no Brasil mais conhecida como lavadeira ou maçarico) a ave de caça mais veloz da Europa? Três anos se passaram e o assunto ainda era motivo de discussão. Uns argumentavam que outra ave, o tetraz, seria mais veloz. Foi quando Sir Hugh chegou à brilhante conclusão de que polêmicas como essa poderiam estar acontecendo diariamente nos pubs da Grã-Bretanha e que um livro para dar respostas a questões "importantes" como essa dos pássaros poderia ser de valor inestimável.
Assim, contratou os irmãos McWhirter para uma detalhada pesquisa sobre números e fatos e, em agosto de 1955, lançou o primeiro Guinness Book of Records. Aquele livro com 198 páginas teve sucesso imediato e, até o final do mesmo ano, já figurava como best-seller no país. Hoje, a empresa Guinness World Records Ltd , sediada em Londres, conta com um arquivo de 40 mil recordes, sendo que no livro anual cabem 10% deles. O Guinness também alcançou grande audiência em programas de televisão, mostrando o que há de mais anormal nos moldes de "Acredite se Quiser".
Os recordes do Guinness tem o respaldo de uma organização que se mantém, ela própria, recordista de vendas: O Guinness Book é o livro com direitos autorais mais vendido do mundo, com mais de 80 milhões de exemplares impressos desde sua primeira edição em 1955 – apenas a edição deste ano vendeu 5 milhões.
Distribuído ao redor do mundo em 20 idiomas, o Guinness representa para muitos o sonho de notoriedade internacional. Recordes geram reconhecimento que, por sua vez, pode ser capitalizado com patrocínios para novas façanhas. E a editora garante que qualquer pessoa pode ter a oportunidade de se tornar um recordista e receber um certificado oficial da entidade.. "Acredito sermos muito democráticos", diz Neil Hayes, do departamento de marketing do Guinness. "Damos o mesmo espaço para um sujeito que equilibra galões de leite na cabeça, para campeões olímpicos e estrelas de Hollywood".
Um recorde do Guinness pode tanto ser superado quanto inovado. Os recordes já existentes estão sempre prontos para serem substituídos por novas marcas, observados os critérios determinados pela organização. Para bater um recorde, as condições devem ser exatamente as mesmas do anterior e o aspirante a figurar no livro deve apresentar provas documentadas que dêem credibilidade ao feito. Entre elas: imagens em vídeo, fotografias, artigos de jornal, duas testemunhas (que devem ser autoridades ou pessoas respeitadas na comunidade) e, dependendo do caso, o aval de especialistas na modalidade.
Uma condição primárias para se qualificar para algum recorde, entretanto, é que nenhuma lei seja infringida durante a tentativa. Para estabelecer uma nova modalidade é necessário enviar um projeto para o Guinness explicando com o máximo de detalhes a façanha almejada. Aí dependerá da empresa decidir se o recorde merece ou não o seu aval.
Alguns de nossos recordes no Guinness .
A maior formação em queda livre contou com 588 pára-quedistas, no Rio de Janeiro, em abril deste ano
O soldado mais jovem da história foi Duque de Caxias, que ingressou no Exército aos 5 anos de idade, em 1808
A maior bandeira já hasteada foi a nossa em Brasília, medindo 70 x 100 metros
O peixe mais feroz, a piranha, o mamífero mais lento, o bicho-preguiça, e o maior roedor do mundo, a capivara, são encontrados no Brasil .
Fonte; 360Graus.com.br
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